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Prazos de Validade

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Evitar o descarte de alimentos ainda seguros e nutritivos é uma importante ação de combate ao desperdício alimentar, com a vantagem de proteger também a saúde da sua família e o seu orçamento familiar.

O prazo de validade dos alimentos é determinado em laboratório, através do teste de prateleira, que indica em quanto tempo o alimento deve ser consumido com segurança sem sofrer alteração de sabor e textura. Nestes testes são avaliadas em que condições e em quanto tempo o alimento se deteriorará.

Sabe-se que cerca de 10% do desperdício alimentar está relacionado com a indicação de prazos de validade dos alimentos.  Importa assim compreender e interpretar as diferentes menções de datas de validade.

  • Consumir até” -Indica a data-limite de consumo em segurança.

Surge em produtos muito perecíveis como o peixe, iogurte, queijos, cogumelos frescos ou comida embalada.

  • “Consumir de preferência antes de” (D/M/A) – Indica o prazo mínimo de consumo e a data de garantia da máxima qualidade.

É utilizado em alimentos não perecíveis como congelados e enlatados, normalmente com validade inferior a 3 meses.

  • Consumir de preferência antes do fim de” (M/A)- Indica o prazo mínimo de consumo e a data de garantia da máxima qualidade.

É aplicável a alimentos não perecíveis como congelados e enlatados, normalmente com validade superior a 3 meses.

Um alimento fora do prazo de validade deverá ser rejeitado? Depende.

Existem alimentos cujo prazo de validade indicado é apenas sugestivo.  Quando o rótulo refere a data de validade mínima, há que observar a consistência, cor e odor do alimento. Podes inclusive provar uma pequena quantidade, se as características referidas anteriormente se mantiverem inalteradas, caso contrário não arrisques!!! Se o sabor também se apresentar sem alteração, em princípio não apresenta risco para a sua saúde.

Curiosamente, também existem produtos em que data de validade não é legalmente exigida.

É o caso de produtos como o açúcar, sal, vinho ou vinagre que se mantêm conservados por longos períodos. Os produtos “do dia”, nomeadamente o pão e produtos de pastelaria,  devem ser consumidos nas 24 horas após o fabrico, pelo que não é obrigatório apresentar um prazo.

As frutas e legumes frescos não descascados ou cortados também são exceção à regra. Em qualquer um destes casos deve-se igualmente conservar o produto nas condições adequadas.

Por último, mas não menos importante, há que ter em conta que os prazos são válidos enquanto a embalagem está fechada. Após abertura, os produtos devem ser consumidos dentro do período mencionado na embalagem (Ex: “Depois de aberto consumir no prazo de 3 dias”).

Produtos que estão perto do fim de validade têm muitas vezes um desconto, destacado com uma etiqueta colorida. Vale a pena recorrer a estes produtos quando sabemos que os conseguimos consumir até à data.

Evitar o descarte de alimentos ainda seguros e nutritivos é uma importante ação de combate ao desperdício alimentar, com a vantagem de proteger também a saúde da  família e o orçamento familiar.

Margarida Taipa – nutricionista (C.P. 4841N)

 

 

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Conservação Alimentos – Mercearia

conservação alimentos mercearia

FEFO, FIFO, estas expressões não te dizem nada? hoje vamos explicar-te a importância destes princípios.

No último RESET focamos as nossas atenções no armazenamento de produtos refrigerados e congelados. Hoje iremos abordar o armazenamento à temperatura ambiente.

À chegada das compras, a mercearia deve ser armazenada num local com as condições ideias de conservação a seco, como a despensa ou os armários da cozinha. Os alimentos devem ser arrumados de forma organizada, dividindo-os por famílias (ex: bebidas, conservas, batatas/cebolas, cereais, bolachas, leguminosas, sementes, etc….).

Dentro da mesma família, devemos organizar os produtos segundo os princípios do FEFO e do FIFO.

  • FEFO– “First Expired, First Out”, isto é “O Primeiro a Expirar é o Primeiro a Sair”.  É um princípio mais direcionado para os produtos com prazo de validade indicado na embalagem e que consiste em armazenar os alimentos consoante a sua perecibilidade, ou seja, devemos organizar a despensa por ordem cronológica, mantendo à frente os produtos com uma data de validade mais próxima, de forma a serem consumidos primeiro.
  • FIFO – “First In, First Out”, ou seja, “Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair”. Consiste em armazenar os alimentos por ordem de chegada, consumindo primeiro aquele que foi comprado/preparado há mais tempo. Este princípio é  bastante útil para a gestão de alimentos já confecionados (ex: sobras),  produtos frescos, como as frutas e legumes, ou produtos já abertos.

No dia-a-dia também há cuidados a ter:

  • Abre uma embalagem de um produto de cada vez, para que nenhuma seja esquecida e, consequentemente, desperdiçada.
  • As embalagens que foram insertadas deverão ser mantidas nas condições mais parecidas com as originais para evitar alterações das características dos produtos. Para isso, sela a embalagem com uma mola ou transfere o conteúdo para outro recipiente (ex: frascos de vidro, caixas plásticas ou metálicas).
  • Se optares por esta última opção, é importante que mantenhas a descrição e a data de validade do mesmo, sobretudo se se tratar de um produto que utilizas com pouca frequência.
  •  Podes inclusive destacar os produtos que utilizas com mais frequência, nomeadamente temperos, arroz, massa colocando-os numa caixa de fácil acesso.

Se és daqueles que vibra com a reutilização de materiais, então temos uma boa notícia! Os frascos de vidro são excelentes recipientes para armazenar alimentos cujas características não sejam alteráveis com a presença da luz. O vidro é um material inerte e inodoro logo não há qualquer risco de contaminação dos alimentos nem de absorção de cheiros, isto claro, se este for bem lavado e desinfetado antes de ser reutilizado.

Mesmo adotando estas boas práticas, nunca é demais fazer uma limpeza periódica à dispensa/frigorífico, para que possas detetar alimentos que já estejam fora do prazo de validade ou não conformes (que apresentam cor, textura, ou cheiro alterado).

E será que temos de descartar todos os produtos que estejam fora da validade? Bem, este é outro tema que tem pano para mangas e que queremos vir esclarecer nos próximos vídeos, por isso, mantém-te atenta/o.

Margarida Taipa – nutricionista (C.P. 4841N)